Autoridades venezuelanas lideradas pelo Ministério do Poder Popular para a Energia Elétrica e pela Corpoelec, a empresa estatal de energia, apreenderam mais de 6.000 mineradores de bitcoin em duas novas operações. O ministério, que recentemente declarou que desconectaria todos os mineradores de bitcoin devido ao seu alto consumo de energia, já confiscou mais de 17.000 mineradores de várias fazendas de mineração.
Autoridades Venezuelanas Avançam em Operações Anti-Mineradores de Bitcoin, Mais de 6.000 Mineradores Apreendidos
O governo venezuelano está fortalecendo sua cruzada contra a mineração de bitcoin. Autoridades venezuelanas, incluindo polícia local, oficiais de inteligência, a empresa estatal de energia Corpoelec e o Ministério do Poder Popular para a Energia Elétrica, realizaram duas novas operações em dois estados do país, apreendendo mais de 6.000 mineradores nesses procedimentos.
A primeira operação foi concluída no estado de Portuguesa, onde as autoridades confiscaram 5.995 mineradores de bitcoin desconectados da rede elétrica, impedindo sua possível conexão. Além disso, 293 mineradores foram desconectados e apreendidos em outra operação realizada no estado de Cojedes, onde equipamentos de conexão de energia também foram confiscados.
Essas ações fazem parte de um plano anunciado pelo Ministério do Poder Popular para a Energia Elétrica que visa desconectar todas as operações de mineração de bitcoin para aliviar a carga de energia dessas máquinas no sistema elétrico. O país enfrenta uma crise energética que causa apagões constantes em vários estados. As autoridades ainda não especificaram se essa proibição continuará sendo aplicada após a crise de energia diminuir, ou se será definitiva.
Relatórios anteriores indicam que mais de 11.000 mineradores de bitcoin haviam sido desconectados e apreendidos até 20 de maio apenas no estado de Carabobo, um dos centros industriais do país. Com essas novas operações, o número total de mineradores desconectados ultrapassou 17.000.
A Venezuela foi um dos países pioneiros em relação à regulamentação de criptomoedas e mineração. No entanto, desde a intervenção da Sunacrip, a entidade nacional de criptomoedas, e a prisão de Joselit Ramirez, seu ex-chefe, a atitude do governo nacional em relação à indústria mudou.
Segundo vários relatos, Ramirez foi instrumental na intermediação de vendas não registradas de petróleo venezuelano sancionado por criptomoedas, permitindo um esquema de desvio de fundos internos e lavagem de dinheiro de $20 bilhões que ainda está sendo investigado.